Público: 0 | Data: 08/12/2024 | Local: Belém, Bragança, Primavera, Ananindeua, Quatipuru, Augusto Correa, Tracuateua, entre outras cidades paraenses, sendo que o FICCA tb se realiza em Portugal e Cabo Verde - PA
O FICCA – Festival Internacional de Cinema do Caeté é uma marca já consolidada entre os festivais de cinema brasileiros, de caráter regional e internacional, sendo a cinematografia africana, lusitana, latina, brasileira – e amazônida, o que o sinaliza. Entre 2014 e 2023, cerca de mil obras cinematográficas submeteram inscrição ao festival. Mais da metade delas foram selecionadas pelo festival, que há 10 anos percorre escolas públicas, quilombos, praias, praças, e comunidades de Bragança do Pará e Região dos Caeté e Nordeste paraense, como Primavera, Quatipuru, Tracuateua e Augusto Correa. Nesses dez anos, o festival recebeu filmes Estrangeiros (5,8% – 38); Nacionais (67,4% – 439); Amazônicos (15,4% – 100); Paraenses (11,4% – 74). E, desse total, foram premiados 58 filmes, sendo 12 realizados por paraenses. Somente em 2020, em plena pandemia, o FICCA recebeu mais de 400 filmes, um recorde, que superou o número de inscritos em todas as edições anteriores do festival. Neste mesmo ano, as obras vencedoras e os filmes coletivos criados nas oficinas passaram a ser veiculadas em Rede Pública de Televisão, via Portal/TV Cultura do Pará, abrindo uma janela para o cinema que tem sido invisibilizado na Amazônia. E, quando pela primeira vez obteve apoio Institucional através da Lei Aldir Blanc, o FICCA realizou duas edições do festival (2021). Parceiro da Associação Nacional de Cinema e Audiovisual de Cabo Verde (desde 2014), e certificado pela Escola Superior Artística do Porto (2020), o FICCA afirma o cinema a partir da Amazônia e reforça o cinema feminino, indígena, lgbtqia+, além de provocar diálogos em projetos culturais que revelam poéticas cinematográficas locais, sob diversas linguagens e formatos, alguns influenciados pelo próprio festival. Aberto à diversidade e espaço onde ecoam falas e imagens de realizadoras e realizadores sem visibilidade, o ICCA inverte a lógica do mercado, substitui a relação hierárquica pela construção colaborativa e coletiva via redes solidárias de compartilhamento de conhecimentos/práticas que envolvem e reconhecem as comunidades locais, transformando-se numa troca de experiências dialógicas com projetos audiovisuais autorais. Janela aberta à exibição de filmes de temáticas sociais, e de realizadores que possuem relações de afetos com as comunidades nas quais atuam e pelas quais são reconhecidos, o FICCA propõe alternativas para democratizar o audiovisual, na perspectiva de fortalecer e desenvolver a cadeia setorial audiovisual na Amazônia paraense, com ênfase na presença de mulheres, juventude periférica, povos originários, de matrizes africanas, quilombolas, indígenas, e comunidades lgbtqia+. Além das projeções de filmes e das circulações cineclubistas nas escolas e comunidades, o FICCA acontece de diversas formas o ano inteiro, de forma itinerante, através da dialógica, da formação e do movimento social e cultural coletivo, em rodas de conversas presenciais, radiofônicas, remotas. Mais que metodologias, estas práticas conectam a juventude excluída, as mulheres, gentes de comunidades tradicionais, extrativistas, povos originários, quilombolas, pescadores tomam consciência e trocam seu pertencimento com o mundo do cinema como uma via libertária de revelação e magia, paixão e consciência social. As mostras competitivas e não-competitivas são a alma do FICCA, que tem um caráter cineclubista de inclusão. Em 2022, o FICCA realizou 7 mostras cinematográficas ao longo do ano, distribuídas em diversos espaços do Estado do Pará, entretanto, são três as mostras fundamentais o festival. A Mostra NEGRO FICCA seleciona e exibe filmes de autores negros e/ou de temáticas a partir da arte e da resistência negra, podendo estes serem escolhidos entre os filmes concorrentes ao FICCA ou entre as obras de realizadores negros, e/ou de temáticas negras, que foram submetidas ao festival. A Mostra DE CINEMA CONTEMPORÂNEO DE RESISTÊNCIA é constituída de filmes de narrativas temáticas sobre juventude, mulheres, comunidades LGBTs, trans, indígenas, tradicionais, quilombolas, pescadores, extrativistas e comunidades locais. E a Mostra CAETÉ-CULT promove, exibe, dialoga e difunde o cinema de formato Curta-Metragem paraense, com ênfase na produção de realizadores e produtores cujos temas são de interesse social, econômico e cultural para Região dos Caetés. Com as mostras, o FICCA forma o público para o cinema de curta-metragem Regional e Nacional, no sentido de estimular a criação e consolidar o polo de produção audiovisual da Região do Caeté e do Nordeste Paraense. E, com suas práticas, o festival articula e organiza cineclubes locais e regionais, com especial atenção à formação em práticas do cinema como ferramenta de consciência social para jovens e mulheres em condições de vulnerabilidade, de periferias, comunidades tradicionais, quilombolas, e estudantes de escolas públicas.
Local do evento: Belém, Bragança, Primavera, Ananindeua, Quatipuru, Augusto Correa, Tracuateua, entre outras cidades paraenses, sendo que o FICCA tb se realiza em Portugal e Cabo Verde PA
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